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Tenho graduação e mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Maringá. Leciono nos cursos de Direito, Administração, Contábeis, Gestão Financeira, Gestão Comercial, Processos Gerenciais e também em cursos relacionados ao Agronegócio. Também leciono em diversos cursos de Pós Graduação latu sensu. Atualmente sou Professor do CESUMAR e da FINAN.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Surgem oposições contra a fusão Perdigão-Sadia

A empresa alemã Dr. Oetker ingressou no último dia 9 com um pedido de oposição à fusão entre Sadia e Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Esse é o primeiro registro de oposição ao negócio divulgado há cinco meses registrado na autarquia vinculada ao Ministério da Justiça brasileiro.No Brasil desde a década de 30, a Dr. Oetker é conhecida por seus chás e gelatinas, mas também fabrica e vende aromas, fermentos, sobremesas, confeitos, snacks, misturas para bolos e tortas. O interesse em impedir a fusão tem a ver com o segmento de pratos prontos. Embora no exterior a Oetker tenha uma linha completa de iogurtes, sobremesas prontas refrigeradas e pratos congelados, no Brasil ela atua nesse segmento apenas com a marca Dr. Oetker Ristorante, de pizza pronta congelada, que, segundo fontes de mercado, tem menos de 1% das vendas. Já a Brasil Foods têm 83% das vendas em volume, segundo estimativas da revista especializada Supermercado Moderno."A Oetker está muito preocupada com a concentração, principalmente no segmento de pizzas prontas congeladas, e também teme possíveis práticas anticompetitivas nos canais de distribuição", disse Juliano Maranhão, advogado do escritório Sampaio Ferraz, contratado pela multinacional alemã.Maranhão relatou que segundo estudo encomendado pela Oetker, a fusão irá dificultar a entrada de novas companhias no setor. O levantamento apontou que a aprovação sem restrições provocaria um fenômeno chamado de "efeito portfólio", ou seja, a blindagem do mercado por várias marcas fortes que, entretanto, pertencem a uma única empresa.A estratégia da Oetker é fazer pressão para que o Cade aprove a fusão impondo restrições, tais como a venda de marcas e ativos em segmentos onde haja alta concentração de mercado. Nesse caso, a Oetker faria aquisições gastando pouco e ganharia quase instantaneamente uma boa participação de mercado.Uma associação de suinocultores também deve apresentar em breve oposição à fusão. Pedidos de como esses são comuns no Cade e muitas vezes são determinantes na decisão do órgão. No caso da compra da Garoto pela Nestlé, por exemplo, a oposição da Kraft Foods foi crucial para que o Cade decidisse contra o negócio em 2004. Os advogados da BRF disseram que ainda não vão se pronunciar.
A matéria é de Juliano Basile e Lílian Cunha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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